Cavernícolas

A Essência Primitiva do Amor em 'Cavernícolas' de Ricardo Arjona

A música 'Cavernícolas' de Ricardo Arjona é uma reflexão poética sobre um relacionamento que se desenrola de maneira crua e instintiva, remetendo à simplicidade dos tempos primitivos. A letra descreve um casal que vive intensamente o presente, sem preocupações com o futuro ou com as convenções sociais, como se estivessem em seu próprio Éden, desfrutando de um amor puro e sem artifícios.

O uso da metáfora 'cavernícolas' serve para ilustrar a natureza descomplicada e essencial da relação, onde o que importa são as experiências compartilhadas e a satisfação das necessidades básicas, como o amor e a companhia um do outro. A música fala de um tempo em que não havia necessidade de títulos ou posses, e a honestidade era expressa até mesmo através das mentiras, sugerindo uma verdade emocional mais profunda do que a literal.

No entanto, a canção também aborda a inevitável mudança que ocorre quando a realidade e a rotina se instalam, transformando a 'caverna' em uma 'casa' e a liberdade em monotonia. A música termina com uma nota de nostalgia, lamentando a perda daquela liberdade selvagem e questionando se era permitido viver de tal forma. Através dessa narrativa, Arjona explora a tensão entre a liberdade do amor selvagem e as restrições da vida moderna.