Cherry

A Doçura e a Ruína: Uma Análise de 'Cherry' de Lana Del Rey

A música 'Cherry', interpretada pela artista Lana Del Rey, é uma composição que explora as profundezas do amor e suas consequências, tanto doces quanto amargas. Lana Del Rey é conhecida por suas letras melancólicas e sua estética sonora que mistura o vintage com o moderno, criando atmosferas que remetem ao glamour trágico de Hollywood. Em 'Cherry', ela utiliza uma série de metáforas frutíferas para descrever a intensidade e a vulnerabilidade do amor verdadeiro.

A letra começa com uma declaração poderosa sobre o amor verdadeiro, comparando-o à ausência de medo diante do perigo. Esse amor é tão intenso que é capaz de substituir algo maligno por uma sensação celestial. A repetição do 'yeah' e 'fuck' ao longo da música pode ser interpretada como uma expressão da intensidade e da crueza das emoções que o amor pode evocar. A artista descreve o amor como algo que a faz 'cair em pedaços', uma expressão que sugere uma entrega total e uma vulnerabilidade extrema na presença do ser amado.

As referências a 'cherries and wine', 'rosemary and thyme', e 'peaches' são elementos que evocam uma sensação de doçura e prazer, mas que são seguidos pela afirmação de que estão 'ruined' (arruinados), indicando que o amor também trouxe destruição ou perda. A menção a 'rose garden dreams' e 'black beaches' que são arruinados por 'fiends' (demônios) e 'celluloid scenes' (cenas de filmes) que estão desfeitas, sugere que as idealizações românticas foram destruídas pela realidade. A música, portanto, apresenta um amor que é ao mesmo tempo exaltado e devastador, capaz de elevar e destruir os sonhos e as fantasias da narradora.