Royals

A Soberania da Autenticidade: Uma Análise de 'Royals' de Lorde

A música 'Royals', da artista neozelandesa Lorde, é uma crítica social à cultura do materialismo e ao estilo de vida glamouroso frequentemente retratado na mídia e na música pop. Lançada em 2013, a canção rapidamente se tornou um sucesso, em parte devido à sua abordagem refrescante e à identificação que proporcionou a uma geração cansada dos excessos da cultura de celebridades.

No início da letra, Lorde canta sobre nunca ter visto um diamante de verdade, uma metáfora para a distância entre a vida real da maioria das pessoas e a ostentação das riquezas exibidas por celebridades. Ela menciona 'cortar os dentes em alianças de casamento nos filmes', o que sugere que sua única experiência com o luxo é através de uma tela, não na vida real. A expressão 'cortar os dentes' também pode ser interpretada como um rito de passagem, indicando que ela cresceu e amadureceu observando essas representações de riqueza, mas sem se deixar seduzir por elas.

O refrão 'And we'll never be royals' e a linha 'That kind of lux just ain't for us' reforçam a ideia de que Lorde e seus amigos não aspiram à riqueza e ao status simbolizados pela realeza. Em vez disso, eles 'crave a different kind of buzz', ou seja, buscam satisfação em prazeres mais autênticos e alcançáveis. A canção celebra a aceitação de quem se é e de onde se vem, em vez de perseguir uma imagem inatingível de sucesso e glamour. Ao se autodenominar 'Queen Bee', Lorde subverte a noção de poder e riqueza, sugerindo que ela pode criar seu próprio reino de significado e valor, independentemente do dinheiro ou do status social.