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Ritual de Erva e Carijo

Valdomiro Maicá

Vendo a pedra do rebolo
Lembro meu pai, meu irmão
Nós três afiando facão
Para a erva desgalhar
O tinido dos três listras
Num ritual descompassado
E os galhos amontoados
Já prontos pra sapecar

Um parapeito cuiúdo
De tronco de bananeira
E o pipocar na fogueira
Lembrando fogo cruzado
Depois de quebrar os brotos
Que o calor deixa mais rijo
Se ata e vai pro carijo
Lá na beira do lajeado

Um tacho de água, um pano pra aragem
Causos de visagem só o fogo clareia
Na noite vigília, dormir não se arrisca
Se grudar faísca, de pronto incendeia

Angico e maria-preta
Formava' fogo e braseiro
Neste rincão missioneiro
Na noite fria e sem chuva
Pra dar aroma na erva
Quando a chama mostra a seda
Pra abrandar as labaredas
Galho verde de cabriúva

Pra fora a forquilha troncha
De quatro esteios cravados
Paus roliços atravessados
Com atilhos pela frente
Assim se erguia um carijo
No rincão onde nasci
Legado dos guaranis
Origem de minha gente

Um tacho de água, um pano pra aragem
Causos de visagem só o fogo clareia
Na noite vigília, dormir não se arrisca
Se grudar faísca, de pronto incendeia

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