Dinarte Costa
Telmo de Lima Freitas
Esporas deste tamanho
Um lenço sangrando o peito
Um tirador de respeito
Com quatro palmos e pico
Dinarte Costa, xô mico
Quem é que não conhecia
Aquele que parecia
Um retrato de São Chico
Nas estâncias que chegava
Para prestar ajutório
Aquele homem simplório
Manso para conversar
Respeitoso no tratar
Fidalgo por natureza
Se poliu com as asperezas
Talvez de tanto tropear
Charqueava com maestria
Guasqueiro mui caprichoso
Sabia ajeitar o toso
Do pingo de montaria
Pois tudo que ele fazia
Não deixava pela metade
Por isso deixou saudade
No momento que partia
Levou na mala de poncho
Seu documento campeiro
O poncho velho guerreiro
Lenço encarnado e chapéu
Foi desarmado o mundéu
Que mala suerte, xô mico
Mas levou seu pago chi
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