SAKURA

A Efemeridade da Fama e a Beleza da Liberdade em 'SAKURA' de ROSALÍA

A música 'SAKURA' de ROSALÍA é uma reflexão poética sobre a efemeridade da fama e a busca por autenticidade em um mundo muitas vezes superficial. A artista espanhola, conhecida por sua fusão inovadora de flamenco com outros gêneros contemporâneos, utiliza a metáfora da flor de sakura, ou cerejeira, para simbolizar a beleza transitória e a inevitável passagem do tempo.

No início da canção, ROSALÍA questiona por que as flores da cidade não têm cheiro e por que as garotas parecem tão artificiais. Essas indagações podem ser interpretadas como uma crítica à perda de autenticidade e à pressão estética na sociedade moderna. A repetição do verso 'Flor de Sakura' e a afirmação de que ser uma popstar é algo passageiro reforçam a ideia de que a fama é fugaz e que a verdadeira beleza está na naturalidade e na aceitação do ciclo da vida.

A artista também aborda a liberdade de viver sem medo do julgamento alheio, valorizando a risada genuína e criticando aqueles que se incomodam com a expressão de confiança das mulheres. ROSALÍA expressa sua disposição para enfrentar os riscos da carreira artística, pois só há perigo quando se tem algo a perder. A canção termina com uma celebração da desordem e da destruição como formas de beleza, sugerindo que há algo profundamente atraente e libertador em romper com as convenções.