It's Called: Freefall

A Queda Livre da Existência em 'It's Called: Freefall'

A música 'It's Called: Freefall', da banda Rainbow Kitten Surprise, é uma composição que mergulha nas profundezas da introspecção e da relação com os próprios demônios internos. A banda, conhecida por suas letras poéticas e som indie alternativo, utiliza metáforas e diálogos imaginários para explorar temas como autoconhecimento, vícios e a complexidade das relações humanas.

No início da música, o eu lírico chama pelo Diabo, uma figura que tradicionalmente representa a tentação e o mal, mas que aqui parece ser um confidente ou um reflexo das próprias sombras do narrador. A conversa casual com o Diabo sobre gostos e preferências banais humaniza essa entidade, sugerindo que os vícios e desejos são partes comuns da experiência humana. A menção a 'dominoes, rum' e a restrição do Diabo a 'sundown, Sundays, Christmas' pode simbolizar a ideia de que até mesmo as forças obscuras têm suas peculiaridades e limitações.

A música avança com o conceito de 'freefall' (queda livre), que pode ser interpretado como uma metáfora para o ato de se render ao caos da vida, desistindo de tentar controlar tudo e aceitando a liberdade que vem com a incerteza. O refrão 'You could let it all go, It's called freefall' é um convite para abraçar a vulnerabilidade e a incerteza, reconhecendo que, às vezes, 'até o Diabo precisa de tempo sozinho'. A ideia de que 'não há nada de graça, exceto cair' ressalta a inevitabilidade de enfrentar desafios e a facilidade com que se pode desistir, mas também sugere que há uma certa liberdade em se permitir cair sem resistência.