El Tiempo Está Después

Reflexões sobre a passagem do tempo em 'El Tiempo Está Después' de Perota Chingo

A música 'El Tiempo Está Después', interpretada pelo grupo Perota Chingo, é uma profunda reflexão sobre a memória, a saudade e a inevitável passagem do tempo. A letra começa descrevendo uma cena urbana, com elementos como a rua Llupes e o trem, que evocam uma sensação de movimento e mudança constante. O trem, com seus 'silbos de tristeza', simboliza a despedida e a melancolia que acompanham as partidas.

A 'primavera em aquele barrio' que se chama 'soledad' e 'gritos de ternura' sugere uma dualidade entre a beleza e a solidão, entre o renascimento e a falta. Essa estação, geralmente associada ao florescimento e à vida, aqui se transforma em um símbolo de isolamento emocional, onde os gritos de ternura tentam, em vão, penetrar nos corações fechados. A chuva que cai 'no apuro' pode ser vista como as lágrimas da tristeza que não podem mais ser compartilhadas, pois o outro mudou, simbolizado pela troca de casaco.

O verso final, 'Un día nos encontraremos en otro carnaval', traz uma esperança de reencontro, talvez não no mesmo lugar, mas em uma nova fase da vida. A música sugere que, apesar das mudanças e da distância, o que foi vivido permanece em algum lugar, inacessível e intocado pelo tempo. 'El Tiempo Está Después' é uma meditação sobre como o passado continua a influenciar o presente, mesmo quando parece estar escondido ou esquecido.