Dies irae

O Julgamento Final na Visão de Mozart: Análise de 'Dies Irae'

A música 'Dies Irae', composta por Wolfgang Amadeus Mozart, é uma das partes mais dramáticas e intensas do Requiem em Ré Menor, K. 626. A expressão 'Dies Irae' traduz-se do latim como 'Dia da Ira', e a letra da música é uma meditação sobre o dia do julgamento final, conforme descrito na tradição cristã.

A letra começa com uma descrição apocalíptica, onde o mundo será dissolvido em cinzas, uma referência à destruição e ao fim dos tempos. 'Solvet saeclum in favilla' sugere uma dissolução completa do mundo material, enquanto 'Teste David cum Sibylla' indica que tanto as profecias bíblicas quanto as sibilinas (profecias clássicas) concordam com esse destino.

O refrão 'Quantus tremor est futurus, quando judex est venturus, cuncta stricte discussurus!' ressalta o temor e a magnitude do julgamento final, onde um juiz supremo virá para julgar todas as ações de forma rigorosa. A repetição dessas linhas ao longo da música enfatiza a inevitabilidade e a seriedade do julgamento, criando uma atmosfera de temor e reverência que é característica das missas de réquiem.