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exibições de letras 44

Tira o Rolex do pulso, cê tá no Centro moscando
Avisa ao Burro do Shrek que nós chegamo
Eles só falam de ice, droga, sobre o respeito que tem
Eu fico aqui me perguntando de quem?
Se é sobre nota de cem, fazem dinheiro de ópio
Com o coração em Nairóbi, eu dominei até Tóquio
E empresário, roteirista, diretor, o elevador ainda sobe

Tua profissão não é nada mais que meu hobby
E eu faço mais do que tu, faço melhor do que tu
Sou Mansa Musa e o rap é meu Timbuktu
Eu cuspo ouro, caso não tenha entendido
Dou aula em tudo que eu sopro dentro no teu ouvido
E excelência é um hábito aristotélico, é fato

Por isso que meu foco, neguin, é tão puxado
Eu me dedico a ser melhor, a elevar o padrão em tudo que eu faço
Depois dedico a ensinar passo a passo
E já salvei tantas vidas que isso parece minha sina
Mesmo depois de eu ter negado a medicina
E já faz anos
Mudei os planos, mesmo nunca tendo feito
Disse que eu ia fazer, matei a responsa no peito

Num sou exemplo a ser seguido, então aprenda com erros
Não tem felicidade a vista se os amores são perros
Não se iluda com o tamanho que tu acha que tem
Podem até concordar, mas tão errados também
Ninguém sabe o segredo pra ser feliz, não importa o que diz

Então não ache que está tudo por um triz
Só acredite em julgamentos que vierem de um juiz
E nunca negue outro chopp no Bar Luiz
No Bar Luiz
Eu me pego aqui sonhando com impérios, e impropérios
Mas os sonhos de poder são tão venéreos, e sério
Eu sempre me iludi que eu ia ser diferente
Que a humildade era o que eu tinha de semente

Mas eu plantei meu ego, e hoje eu colho MC's
Repetindo todas essas coisas que eu já fiz
Pediram bis
Sou Santos Dumont e voei no meu
Foram 14 até acertar, não vai ser no primeiro teu
E eu sou uma divindade da gramática versada
É a mim que a oração é subordinada, de nada
Antes que agradeçam, não se esqueçam que no mundo
Pra você o buraco é sempre mais fundo

Mas ali na Carioca, o tudo num é nada
Comendo um bolo de carne, com salada de batata
E um chopp no Bar Luiz
Teu braggadocio é trágico, o meu é biográfico
Cês vendem droga e eu nem me refiro ao tráfico
Meu tráfego de ideia pavimenta gerações

Eu repito minhas letras sem nunca gerar versões
E falo de melodia sem nunca escrever refrões
Subverto o mundo, e, em meia dúzia, eu encontro multidões
E fodam-se os milhões, os jatos, os carrões

Quem faz pelo dinheiro, nunca vai marcar nos sons
E se eu morrer fodido, mas tocar nos teus ouvidos
Pra mim vai ter valido ter vivido
E já vai ter valido ter vivido

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