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2 da Manhã

Álvaro Mamute

As vezes eu rimo três minutos direto
Porque eu acho que sou o Marechal
Nas música dos outros
Aí eu lembro que não sou e fico mal, me achando um escroto
Mas nada me deixa pior do que lembrar que eu tenho 22 anos e estudei 18
Pra não fazer faculdade e só dar desgosto
Eu acho que vou mudar o mundo escrevendo minhas rimas no Facebook
E upando no YouTube, eu sou um noob
Peço de novo que minha mãe me desculpe
Eu passei pra medicina na UFRJ mas sou um idiota
Tão burro que me surpreendo de não ter entrado por cota

Copiei o flow do De Leve, misturei com o TF, mas nunca fui chefe
Minhas punchlines são piores que a palavra mequetrefe
Mas eu continuo usando, como se não houvesse amanhã
E continuo rimando como se não ouvisse os fã
E não ouço, não tenho, não sei se venho passar vergonha
Ou só reclamar de quem faz sucesso falando que fuma maconha
Eu sou frustrado simplesmente por ter acordado e não ter dormido pra sempre
Se eu já fiz algo de útil pra humanidade, por favor me relembre
Gosto de me expor nesses momentos de fraqueza e demonstrar franqueza
Por que tô de saco cheio de quem canta marra e tem certeza
De que pode tudo sem poder nada, não tem levada, só ideia errada
E acha que visualização é padrão, arquibancada lotada
Você não precisa de mim, nem de ninguém pra ser alguém
Não cisma que eu vim pra te fazer algum bem
Eu vim ser quem não tem um vintém pra ficar zen
Mas que ainda assim paga pra não se estressar também
Cê tá ligado, neném, que sem
Heineken ou Stella Artois eu vim aqui pra zoar
E vou botar fogo nessa porra até Jesus voltar
Não tenho medo do juízo final pois sou bem aventurado e do meu lado
Eu levo o fardo de ter sido muito mal amado
Sei que Deus vai ter pena de mim, afinal quem não tem, né?
Olha, esse menino faz rap e acha que faz bem, não é
Bem assim, não vem assim querer me esculachar só porque eu tô falando
Vocês são tudo uns merda que nem eu, se enganando
Achando que fama e dinheiro te leva algum lugar
Podia era te levar pro inferno e te deixar por lá
Tô de saco cheio de padrões, sistemas, simetrias
Eu sou o cara dos palavrões, esquemas, putarias
Mentira, sou dos nerdões e nos poemas que lerias
Essas maluquices tu nunca encontrarias por mim, Malaquias!
Mentes sadias, em corpo bom, e boa índole também, hein?
Tá mais difícil do que ver nota de cem!
Sem Cunha, Temer, Dilma, Nog, Predela, Don Cesão, Emicida, Amiri
Sem Kanye, Common, Jay-Z
Sem mim, sem você, sem ninguém por aqui
É assim o tempo que promete estar por vir, por aí
Por aqui? Não tenho indícios de ventos propícios a inícios
Sustento meus vícios em comícios para matar Julius e Tícius
São duas da manhã e talvez eu devesse dormir cedo, sei lá
Porque as vezes eu escrevo essas maluquices do caralho e fico querendo gravar
Eu sou o caso clássico dos que se perderam tentando se encontrar
Mas sou dos raros que num mandam frase de efeito querendo só se achar

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Composição: Álvaro Mamute. Essa informação está errada? Nos avise.
Enviada por Andre. Revisões por 2 pessoas . Viu algum erro? Envie uma revisão.

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