Dois Covardes

A Dualidade do Amor e Covardia em 'Dois Covardes' de Henrique e Juliano

A música 'Dois Covardes' de Henrique e Juliano explora a complexidade das relações amorosas marcadas pela indecisão e pelo medo de se entregar completamente. A letra descreve a situação de dois indivíduos que, apesar de sentirem amor um pelo outro, optam por manter uma fachada de amizade, escondendo seus verdadeiros sentimentos.

O primeiro verso já introduz um cenário de confusão emocional, onde o encontro com a pessoa amada causa desorientação, simbolizada pela entrada na contramão. Esse ato de 'não dar seta' pode ser interpretado como uma metáfora para a falta de comunicação clara e direta sobre os sentimentos envolvidos. A menção ao ego e ao orgulho que 'desperta' sugere que há também um jogo de poder e vaidade complicando ainda mais a situação.

O refrão da música, 'Nós somos dois covardes', ressalta a ideia de que ambos os envolvidos estão conscientes de suas emoções, mas escolhem não enfrentá-las. A expressão 'fingindo que tá bem, forçando uma amizade' ilustra a dor e o desconforto de não viver o amor plenamente. A música questiona quem errou nessa situação, indicando que talvez o verdadeiro erro esteja em não se permitir amar e ser amado de forma honesta e aberta.