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Faixa Preta

Vincent

As crianças negras só querem jogar bola
As mulheres negras querem que os brancos dêem bola
Os homens negros só querem seguir a moda
Os velhos negros sempre sentam na revolta
Aposentadoria que corrói o trabalho
Os carros pretos são os carros mais desejados
O tom preto é sempre o mais difamado
A roupa preta sempre elegância, meu caro.

A comédia negra é sempre a mais engraçada
O humor negro quase sempre fala de raça
A beleza negra é sempre alterada
A arte dos negros é sempre consumada
O gato preto aquele amedrontado
O tênis preto tem cara de sempre lavado
O homem negro sempre um homem forte, né?
A mulher negra sempre nos dá sorte, né?
O buraco negro só sabe arrancar
Quando a coisa tá preta, todos querem se afastar
Vou ganhar uma grana preta, dinheiro vivo
Tô feliz com a minha nova jaqueta preta, meu estilo
Quando o cara tá fudido, ele tá na Lista negra
Quando os europeus tavam doentes era pela Peste Negra
Quando o alguém está faminto se chama fome negra
Quando o amigo é diferente chamam ele de ovelha negra

O jovem negro quer ser alguém na vida
Ele estuda, trabalha ou até trafica
Seja um doutor, cara do mês ou gerente da boca
A mãe só queria ter orgulho do moleque e da sua escolha
A mãe empregada vendo tudo que é bom
O patrão se formou por isso é patrão
Ter uma TV, uma casa, um carro isso é padrão
Ou então carteira assinada, novo método de escravidão

Não pode faltar pra sair mais cedo na sexta
Sábado aleluia,arrumar a casa sem prestar queixa
Futebol e o churrasco na tarde de domingo
Segunda chegou
Lá vai eu sofrendo sorrindo .

Costurando a vaidade, a desnecessidade
Junto com a vadiagem
Dando nó pra desigualdade.
Refinando a imoralidade, a complexidade
A vertigem da inimizade
E a maldade na soletragem.
Lírico? Eu mesmo tipo Sabotage
Vincent, el Rimador na carteira, meu cupade
Eu rimo toda a vida e essa louxa vida é uma sacanagem
Pagamos caro a passagem
Cobra dores a malandragem
O piloto é a carne
E o açougueiro corta com a sua aparelhagem
Sem tempo pra molecagem, cedo perdemos a coragem.
Somos traídos na trairagem
Somos feridos pra enfermagem
Somos cavalos pra carruagem
Somos obstáculos pra desocupagem
E ainda nos sobra tempo pra viver o que não é da nossa idade.

Vamos comemorar com uma cerveja preta
Vamos todos condenar a viúva negra
Sabe poque? Porque somos Faixa Preta
Em achar que a nossa gente é negra
E que tá tudo beleza.

Escolho preto!
Me chama de preto!
Porque sou preto!

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