Seresta

A Melancolia na Serenata de Rolando Boldrin

A canção "Seresta" de Rolando Boldrin evoca a tradição da serenata, uma prtica romântica onde um indivíduo canta à noite, geralmente sob a janela de uma pessoa amada, na esperança de conquistar ou demonstrar seu amor. A letra descreve um cenário onde a natureza está em harmonia e celebração, contrastando com o estado emocional do cantor, que se encontra triste e solitário.

O uso do violão como companheiro na seresta reforça a ideia de que a música é um refúgio e uma forma de expressão dos sentimentos mais profundos do cantor. A lua, um símbolo poético frequentemente associado à noite, ao romance e à melancolia, é a única ouvinte das canções dedicadas ao 'querido bem' que não está presente. A repetição da frase 'Vivo cantando pra lua' sublinha a persistência e a esperança do cantor, apesar da ausência da pessoa amada.

A música pode ser interpretada como uma metáfora para a experiência universal do amor não correspondido e da saudade. A seresta, embora seja um ato de celebração do amor, neste contexto, torna-se um momento de introspecção e expressão da solidão do cantor. Rolando Boldrin, conhecido por sua atuação na música de raiz e na cultura popular brasileira, utiliza elementos tradicionais para transmitir sentimentos atemporais e universais.