Bwana

Volúpia e Submissão na Canção 'Bwana' de Rita Lee

A música 'Bwana', interpretada pela icônica Rita Lee, mergulha em temas de submissão e desejo, explorando a relação entre uma mulher e seu amante, a quem ela se refere como 'Bwana', uma palavra de origem africana que significa 'senhor' ou 'patrão'. A letra da canção descreve uma mulher que se coloca à disposição de seu parceiro, pronta para atender a todos os seus desejos, como uma 'mulher robô' teleguiada pela 'paixonite', uma metáfora para um amor obsessivo e sem controle.

A repetição do termo 'volúpia' enfatiza a intensidade do desejo sexual e a entrega total da narradora à paixão que sente, mesmo sabendo que não há cura para esse estado de arrebatamento. A música também aborda a transformação da mulher, que deixa para trás uma vida de 'sarjeta', sugerindo um passado de dificuldades ou de marginalização, para se dedicar completamente a esse amor, rejeitando qualquer recompensa material ('Não quero gorjeta') em favor do prazer de servir ao seu 'Bwana'.

A canção pode ser interpretada como uma crítica à submissão feminina e à ideia de que o amor justifica qualquer sacrifício, incluindo a perda da própria identidade e autonomia. Rita Lee, conhecida por suas letras provocativas e por desafiar normas sociais, utiliza a música para explorar a complexidade das relações amorosas e o poder que o amor e o desejo podem exercer sobre as pessoas, muitas vezes levando a comportamentos extremos e à submissão voluntária.