Pra Matar Preconceito

A Celebração da Identidade Negra e a Luta Contra o Preconceito

A música "Pra Matar Preconceito" da artista É Preta é um hino de empoderamento e resistência que aborda a realidade do racismo e do sexismo enfrentados pelas mulheres negras no Brasil. A letra inicia descrevendo situações cotidianas de objetificação e estereótipos, como ser chamada de 'gostosa' na rua ou ser vista como um objeto sexual por estrangeiros, evidenciando a hipersexualização da mulher negra.

A canção também critica os padrões de beleza impostos pela sociedade, que desvalorizam as características físicas negras, como o cabelo crespo, chamado pejorativamente de 'ruim'. A artista rejeita essas visões depreciativas e se afirma como 'criola', 'neguinha', 'mulata', utilizando esses termos dentro de um contexto de orgulho e reivindicação de sua identidade cultural e histórica.

A música faz referência a figuras importantes da cultura afro-brasileira, como Zezé Motta, Leci Brandão, Mercedes Baptista, entre outras, que representam a força e a contribuição das mulheres negras na construção da sociedade. Ao afirmar que renasceu para 'matar preconceito', É Preta declara que sua existência e sua arte são formas de luta e celebração da identidade negra, resistindo e desafiando as estruturas opressivas.