Siempre, Siempre

A Melancolia na Embriaguez de Pedro Infante

A música "Siempre, Siempre" interpretada por Pedro Infante, um dos ícones da época de ouro do cinema mexicano e também reconhecido por sua carreira musical, aborda de maneira lúdica e melancólica o tema da embriaguez e do amor não correspondido. A letra inicia com o eu-lírico chegando de forma desalinhada, justificando que o importante é ter chegado, mesmo estando machucado pelos excessos da bebida.

A narrativa prossegue com uma cena típica de cantina, onde a música ao vivo é tão envolvente que o leva a entrar e se embriagar. A repetição do refrão "Siempre que me emborracho" (Sempre que me embriago) sugere um ciclo vicioso, onde a embriaguez é uma tentativa de escapar da realidade e da dor causada pela ausência da pessoa amada. A confissão de que ele pensa nela incessantemente e não consegue se acalmar até terminar a garrafa revela a profundidade de seus sentimentos e a bebida como um paliativo para sua angústia.

A canção também reflete sobre como as músicas de embriaguez podem parecer cômicas para alguns, mas na verdade expressam o sofrimento humano. O eu-lírico opta por afogar as tristezas em mais bebida, numa tentativa de superar a dor, mesmo sabendo que isso pode não resolver seus problemas. A música, portanto, é um retrato da busca por alívio na embriaguez, enquanto lida com a dor do amor e a solidão.