Caçada do Pardo
Palmeira e Luizinho
O dia do caçador
Na obrigação não imagina
Não tem medo de geada
Nem de chuva, nem neblina
Travessa matas frondosa
Lugar que a araponga trina
Lagoa que a garça bera
Cachoeiras cristalina
Fui fazer uma caçada
No norte do Paraná
Eu levei minha espingarda
Cartucheira e imborná
Quinze trela de cachorro
Mericano e nacioná
Lá no campo do mourão
Tem par de guatapará
Na restinga do coqueiro
Eu sortei a cachorrada
Repiquei minha buzina
Quando deu a levantada
Tomei um gole de pinga
Que a festa tava animada
Formou um dueto chorado
A corrida na baixada
Eu gritei pro companheiro
Que a corrida indireitô
O bicho vinha ligeiro
Na cilada apontô
Dei um tiro na paieta
Na hora que ele passô
Todo moiado de orvaio
O viado parô e tombô
O Sol ia se escondendo
Lá no arto da colina
Trazendo o pardo na vara
Nóis passemo em tomasina
As perdiz piava triste
Pra aquela verde campina
Adeus chão dos pinheirais
Dos prazer que me inclina
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