Cão Sem Dono
Os Últimos Românticos da Rua Augusta
Dentro de um relógio quebrado
Esparramo vinho gelado aos cães sem donos
Eu prefiro ir andando
Tumultuando com os cães sem dono
Pois sou um cão sem dono também
Junto dançamos engolindo a noite
Pois tudo é possível em sonhos
Dançamos engolindo as luzes da cidade
Desfilando na insanidade
O rum é servido forte
Em pequenas doses aos cães sem donos
Em um trem todo fudido
Ofereço abrigo aos cães sem dono
Pois sou um cão sem dono também
Junto cantamos as canções tradicionais
E os pelos negros dançam aos urubus
Dançamos e brindamos a quem nos lembrava
Que jamais voltaremos para casa
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