Assault (Monopólio) (part. Shenlong, Azevedo, PL Quest, BIN e Borges)

A Ostentação e a Sedução no Rap de Orochi

A música "Assault (Monopólio)" de Orochi, em colaboração com Shenlong, Azevedo, PL Quest, BIN e Borges, é um retrato da cultura de ostentação e hedonismo frequentemente associada ao estilo de vida do rap e hip-hop. A letra descreve uma realidade de excessos, onde o consumo de drogas, a promiscuidade e a riqueza material são temas centrais. A referência ao "monopólio" no título e na letra sugere uma posição de poder e controle, onde os artistas se veem como dominantes em seu meio, tanto financeiramente quanto em termos de influência sobre as pessoas ao seu redor, especialmente as mulheres.

A música também aborda a ideia de que o valor de uma pessoa é medido por sua riqueza e posses, como indicado pelos versos que falam sobre a necessidade de ter "carvão" (dinheiro) ou "peixin no bolso" (provavelmente uma referência a ter influência ou poder) para atrair o interesse das mulheres. Essa visão materialista das relações é reforçada pela constante menção a marcas de luxo e pela descrição de festas regadas a drogas e sexo. A repetição de que as mulheres querem estar com os "mal influencia" pode ser uma crítica irônica à forma como esses valores são percebidos e desejados.

Por fim, a música pode ser vista como uma expressão da masculinidade tóxica, onde a conquista e o prazer são apresentados de maneira agressiva e desrespeitosa. A objetificação das mulheres e a glorificação do estilo de vida desregrado são características comuns em certas vertentes do rap, e "Assault (Monopólio)" não foge a essa regra. A canção reflete uma realidade distorcida onde o sucesso é medido por critérios superficiais e onde a empatia e o respeito pelas mulheres são muitas vezes deixados de lado.