Urtica Ardens
Onagra Claudique
Eu em ti
E teus cícios
Asseverando
Debaixo dos lençóis
"Eu te amo tão macio"
"Eu te segui
Desde outras vidas até aqui"
Tua vitória
Tens em mim
Está em tuas mãos
Eu te amo, minha senhora
Quem de nós vai buscar algo
Pra ajudar acordar melhor?
"Já que amanheceu nublado
E faz tão frio
Por que não ficamos por aqui?"
Eu te perdi
Nos teus desvios
Murmurando a própria comoção
Pelos cômodos da casa
Você me põe tão arredio
Arredio
Sussurrando as tuas falhas
De conduta ao meu ouvido
Doendo-se pelos cantos
Nas tuas brumas turvas
Nas tuas curvas que nunca atingi
"Eu menti
E vim de outras vidas até aqui
Pra rescindir meus pesares
Desatar os nós
Agora vai, que eu vou daqui
Sozinha"
"Eu vou"
Não vai sozinha
Você perdoe a palidez de minha luz
Que soçobrou
E a projeção dessa sombra
Tenebrosa sobra além de mim
E se distorce bem maior que eu
O amor, a meu ver
Sempre foi deixar
Você sair, ir e vir, livre pra voltar
Quando quiser
Quando quiser voltar
Por que não paramos por aqui?
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