O Salto

A Reflexão Sobre Vaidade e Renovação em 'O Salto' de O Rappa

A música 'O Salto', da banda brasileira O Rappa, é uma composição carregada de metáforas e simbolismos que abordam temas como a vaidade humana, a destruição e a renovação. A letra inicia com uma imagem de devastação, onde as 'ondas de vaidade' são responsáveis por destruir os 'vilarejos', uma possível alusão à forma como o ego e o orgulho podem arruinar comunidades e relações. A casa que se vai 'como fome em banquete' sugere a rapidez com que as conquistas podem ser perdidas quando a vaidade toma conta.

O eu lírico se encontra sentado sobre as ruínas, refletindo sobre a dor que 'ardia como o fogo dos novos tempos', indicando uma transformação que vem através do sofrimento. A repetição do verso 'E regaram as flores do deserto' pode simbolizar a esperança e a capacidade de crescimento e renovação mesmo nas condições mais adversas, onde a 'chuva de insetos' talvez represente as dificuldades e obstáculos que continuam a alimentar esse crescimento.

A parte final da música traz uma reflexão sobre legado e escolhas. O 'filho' com 'retinas de sorte' e o 'punhal' que reina 'como o brilho do sol' podem estar relacionados à dualidade entre a inocência e a violência, a luz e a escuridão que coexistem na vida. A decisão entre 'se espatifar ou viver' é uma metáfora para enfrentar ou sucumbir às adversidades. O 'sangue como capital' e o 'punhal' deixados aos jornais e às famílias, respectivamente, podem ser interpretados como críticas à sociedade que valoriza o sensacionalismo e a violência.