Se Que Bebo Se Que Fumo

A Autocrítica de um Homem Consciente de seus Vícios

A música "Se Que Bebo Se Que Fumo" de Nicola di Bari apresenta uma narrativa introspectiva e autocrítica, onde o protagonista reconhece e expõe seus defeitos e vícios sem reservas. A letra começa com uma advertência a quem procura virtudes que ele não possui, estabelecendo desde o início uma honestidade brutal sobre si mesmo. Ele admite não ser o ideal de homem rico e fascinante, nem ter tido sucesso em sua vida, o que sugere uma reflexão sobre as expectativas sociais e a pressão para atingir um certo padrão de sucesso.

O personagem da canção é consciente de suas falhas, como o egoísmo, a inconsciência e a prepotência, e reconhece que esses traços se manifestam tanto na vida quanto no amor. A repetição do refrão "Se que bebo, se que fumo" reforça a aceitação de seus hábitos prejudiciais, enquanto a menção ao jogo e à falta de arrependimento revela uma resistência a mudar seu comportamento. A música também toca na ideia de que, apesar de suas falhas, há uma possibilidade de redenção, uma vez que ele menciona a capacidade de ser perdoado por uma entidade que representa a bondade perfeita.

Por fim, a canção se encerra com uma espécie de resignação e aceitação do próprio destino, onde o protagonista parece se render à sua natureza, mesmo sabendo que isso o leva a um caminho solitário. A referência a uma voz que o chama, possivelmente o amor ou a consciência, sugere um conflito interno entre o desejo de mudança e a tendência a permanecer no mesmo caminho. A música de Nicola di Bari, portanto, é um retrato íntimo de um homem que, apesar de conhecer suas falhas, parece incapaz ou relutante em superá-las.