Titanic

Navegando nas Metáforas de 'Titanic' de MC Kelvinho

A música 'Titanic' de MC Kelvinho, um artista conhecido no cenário do funk brasileiro, traz uma série de metáforas e referências que pintam um retrato vívido da vida urbana e das relações interpessoais no contexto das periferias. A letra começa com uma descrição intensa do ambiente: 'É foguete que canta, Saia levanta, Fumaça que voa', sugerindo uma cena de festa e agitação, onde o som alto e a energia são palpáveis. A menção à 'terra da garoa' localiza a narrativa em São Paulo, conhecida por esse apelido devido ao seu clima.

O refrão da música utiliza a metáfora do 'Titanic', um navio que, ao contrário do real, 'não vai afundar'. Essa comparação pode ser interpretada como uma declaração de resiliência e invencibilidade, onde, apesar das adversidades, o espírito do narrador e seu grupo permanece inabalável. A repetição de 'O fim não é triste, que o vento não vai acabar' reforça uma visão otimista e desafiadora diante dos desafios.

Além disso, a música aborda temas de relações casuais e a dinâmica de poder nas interações sociais, como visto em 'Então monta na garupa, É uma via de mão dupla, Nós come, te machuca, E depois põe pra andar'. Essas linhas sugerem uma abordagem direta e sem rodeios às relações, refletindo uma postura de desapego e autoafirmação típica de muitas letras de funk que exploram a liberdade individual e a expressão sem censura.