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Perdão, Emília

Mário Pinheiro

Já tudo dorme, vem a noite em meio
A turva Lua vem surgindo além!
Tudo é silêncio, só se vê nas campa
Piar o mocho no cruel desdém

Depois de um vulto de roupagem preta
No cemitério com vagar, entrou!
Junto ao sepulcro, se curvando a medo
Com triste frases nesta voz falou

Perdão, Emília, se manchei-te a vida
Se fui impuro, fui cruel, ousado!
Perdão, Emília, se manchei teus lábios
Perdão, Emília, para um desgraçado!

Monstro tirano, pra que vens agora
Lembrar-me as mágoas que por ti passei?
Lá nesse mundo em que vivi chorando
Desde o instante em que te vi, amei!

Chegou a hora de tomar vingança
Mas, tu, ingrato, não terás perdão!
Deus não perdoa as tuas culpas todas
Castigo justo tu terás, então!

Perdi as flores da capela virgem
Cedi ao crime, que perdão não tinha!
Mas, tu, manchaste a minha vida honesta
Depois, zombaste da fraqueza minha!

Ai, quantas vezes, aos meus pés curvados
Davas-me prova de teu puro amor!
Quando eu julgava que fosses um anjo
Não via fundo nesse olhar traidor!

Mas, vês agora que um corpo em terra
Tombou de chofre, sobre a lousa fria!
E quando a aurora despontou na lousa
Um corpo inerte, a dormitar, se ouvia

Perdão, Emília se manchei-te a vida
Se fui impuro, fui cruel, ousado
Perdão, Emília se perdei teus lábios
Perdão, Emília para um desgraçado

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Composição: José Henrique Da Silva / Juca Pedaço. Essa informação está errada? Nos avise.

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