A Morte do Vaqueiro
Luiz Gonzaga
O Canto do Adeus: A Vida e a Morte do Vaqueiro Sertanejo
A canção "A Morte do Vaqueiro" de Luiz Gonzaga, um dos maiores ícones da música nordestina e do gênero baião, é uma homenagem pungente à figura do vaqueiro nordestino, um personagem emblemático do sertão brasileiro. A letra descreve uma cena de luto no campo, onde o gado muge incessantemente, sentindo a falta do vaqueiro que não voltará a aboiar, ou seja, a guiar e a cantar para o rebanho. A música evoca a solidão e o esquecimento que cercam a morte desses trabalhadores rurais, que muitas vezes partem sem posses e sem reconhecimento.
O refrão "Tengo, lengo, tengo" é uma onomatopeia que remete ao som do aboio, uma espécie de canto melódico usado pelos vaqueiros para conduzir o gado. A repetição dessa expressão na música serve como um lembrete melancólico da voz que se calou. A canção também toca na dura realidade do esquecimento pós-morte, onde o vaqueiro, mesmo tendo dedicado sua vida ao trabalho árduo, morre sem deixar riquezas e seu nome se perde nas vastidões do sertão.
A última estrofe da música traz uma imagem forte de abandono e tristeza, onde o vaqueiro é enterrado em uma cova simples e apenas seu cachorro permanece para lamentar sua partida. Essa cena ressalta a conexão entre o vaqueiro e a natureza, e a indiferença da sociedade para com sua morte. A música de Luiz Gonzaga, portanto, é um tributo à vida desses homens do campo e uma crítica social à maneira como são tratados após a morte.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.
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