Shiva

A Dança Eterna e Transformadora em 'Shiva' de La Máquina Camaleón

A música 'Shiva' de La Máquina Camaleón é uma exploração lírica e metafórica sobre a transformação pessoal e a busca incessante por significado através da dança. A letra sugere uma presença quase divina, que embora esteja claramente diante dos olhos do observador, permanece invisível ou incompreendida, talvez devido à sua intensidade deslumbrante. Este elemento pode ser interpretado como uma metáfora para as verdades profundas da vida que muitas vezes são ignoradas ou não percebidas até que se tornem inegavelmente evidentes.

O refrão da música celebra a dança como uma forma de expressão pura e uma fuga da imperfeição do mundo. 'Todo es imperfecto menos bailar' sugere que, no meio do caos e das imperfeições da vida, a dança emerge como um ato de beleza e perfeição transcendental. A dança é também vista como uma maneira de conectar o interior com o exterior, o que é reforçado pela ideia de que 'está adentro tuyo esta afuera también'. Isso ressalta a universalidade e a dualidade da experiência humana.

Finalmente, a música faz referência a várias transformações e estados de ser - de mago a serpente, de feliz a eterno - sugerindo uma jornada de constante evolução e mudança. A repetição de 'ya fuiste' (já foste) enfatiza a ideia de que a vida é composta de várias fases e papéis. A conclusão com 'solo nos queda bailar' (só nos resta dançar) reforça a dança não apenas como uma escolha, mas como um destino inevitável e uma resposta às complexidades da vida.