Así nacemos

A Crueza do Nascimento e da Existência em 'Así nacemos' de Julio Iglesias

A música 'Así nacemos' de Julio Iglesias, um renomado cantor espanhol conhecido por suas baladas românticas, apresenta uma reflexão profunda e um tanto sombria sobre o nascimento e a condição humana. Através de uma letra poética e carregada de imagens visuais, Iglesias descreve o nascimento não como um evento jubiloso, mas como um momento de dor e premonição das dificuldades da vida.

A repetição da frase 'con los ojos cerrados' (com os olhos fechados) sugere uma relutância em encarar a realidade do mundo, uma espécie de instinto de proteção contra as adversidades que virão. A menção ao choro e ao lamento logo ao nascer reforça a ideia de que a vida é intrinsecamente árdua e cheia de desafios. Essa visão é ampliada com a imagem das 'manos cerradas' (mãos fechadas), simbolizando uma predisposição para a luta, para a defesa ou o ataque, elementos essenciais para a sobrevivência.

Além disso, a música toca em temas como a inevitabilidade do envelhecimento, representada pela 'piel arrugada' (pele enrugada), e a limitação física, expressa na linha 'amarrados a un cuerpo' (amarrados a um corpo). Essas imagens pintam um quadro da vida humana marcado por limitações, lutas e a constante busca por sustento e conforto, como indicado na estrofe sobre a busca instintiva pela 'leche de un pecho' (leite de um peito). Em 'Así nacemos', Iglesias captura a essência da vulnerabilidade e da luta humana desde o primeiro momento da vida.