Parador 2020 (part. Cainã Cavalcante, Mestrinho, Tó e Brandileone)
João Cavalcanti
Um orixá que eu conheço
Que no xirê só fez sucesso
Me convenceu desde o começo
Que esse bonde era expresso
E que rumava sem tropeço bem pra lá dos 2000
Esse papo que eu não esqueço
É um ebó de livre acesso
Tenho por ele muito apreço
Por isso mesmo que peço
Me perdoe se pareço ver o que não se viu
Que a estação virou do avesso
Sobre o trilho do retrocesso
Um Cristo quebrado de gesso
Tão falso que eu confesso
Pensar que já não mereço o véu de nuvem de Gil
Mas nem assim eu me despeço
Que desse bonde eu não desço
Subo pro céu e me arremesso
Que de pressa eu não padeço
Parador de bonsucesso da central do Brasil
Que toda a dor do percurso-vida
E dos futuros que o futuro sonegar
Seja pra terra-mãe reconcebida
O barato substrato do refazendar
Um orixá que eu conheço
Que no xirê só fez sucesso
Me convenceu desde o começo
Que esse bonde era expresso
E que rumava sem tropeço bem pra lá dos 2000
Esse papo que eu não esqueço
É um ebó de livre acesso
Tenho por ele muito apreço
Por isso mesmo que peço
Me perdoe se pareço ver o que não se viu
Que a estação virou do avesso
Sobre o trilho do retrocesso
Um Cristo quebrado de gesso
Tão falso que eu confesso
Pensar que já não mereço o véu de nuvem de Gil
Mas nem assim eu me despeço
Que desse bonde eu não desço
Subo pro céu e me arremesso
Que de pressa eu não padeço
Parador de bonsucesso da central do Brasil
Que toda a dor do percurso-vida
E dos futuros que o futuro sonegar
Seja pra terra-mãe reconcebida
O barato substrato do refazendar
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