Do Tempo

A Reflexão Sobre a Passagem do Tempo na Obra de Jayme Caetano Braun

A música "Do Tempo" de Jayme Caetano Braun é uma profunda reflexão sobre a inexorabilidade do tempo e a condição humana diante dele. Através de uma linguagem que remete à cultura gaúcha, o poeta e compositor aborda temas universais como a mortalidade, a memória e o sentido da vida.

O início da canção descreve o ritual do chimarrão ao amanhecer, uma prática tradicional do sul do Brasil, que serve como metáfora para a contemplação e a espera. O tempo é apresentado como um elemento constante e imutável, em contraste com a efemeridade da existência humana. A expressão "Ele fica a gente passa" ressalta a permanência do tempo frente à transitoriedade das pessoas.

A letra prossegue com uma meditação sobre o envelhecimento e a percepção humana do tempo, que é muitas vezes percebido como algo perdido, embora nunca tenha sido de fato possuído. A canção também toca na esperança cíclica, comparando as estações do ano com os sonhos e aspirações humanas, sugerindo que, apesar da corrida contra o tempo, há sempre uma renovação, como a primavera que sucede o inverno. Por fim, Braun conclui que a vida deve ser vivida plenamente, sem guardar dias para o futuro, pois na 'conta da vida', o que importa é a experiência e não um saldo médio.