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exibições de letras 9

Os tipos da cidade andam soltos feito barco a vela
Tem uns que pedem piedade, outros que se fecham com tramela
Há o tipo gesso que é certinho, arrumadinho
Bom salário e bom patrão

O outro, o geleia, molinho, derretido
E vive a odisseia de morrer na solidão
Tem ainda os destrambelhados
Maltrapilhos, mal-arrematados

Invariavelmente são cheios de sequelas
E vivem mesmo pela contramão
Alguém que fala sozinho pelos caminhos
Nem lembra se existe ou existe a tal janela
E celebra a suprema escuridão

Passam fome, sentem frio
Sofrem de desmaios e arrepios
Sem falar na frequência que frequenta a certeza do banquete do seu dia a dia

Melhor eu nem olhar pro alto
Que essa gente maltratada pela vida
É tão jovem, tem suficiente idade
Pra morrer de tédio pelas ruas da cidade
Sem direito ao sorriso ou ao juízo
Cheiram cola e sempre que possível
Vende o coração à prestação aos hospitais-escola

Tudo que teriam ao nascer
Era um lugar ao sol
E já existem muitos deles
Eternizados
Num escuro tanque
De formol
Yeah

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