Milagro de Amor

A Celebração da Humildade Divina em 'Milagro de Amor'

A música 'Milagro de Amor', interpretada pela Hermana Glenda, é uma expressão profunda de adoração e contemplação do mistério da Eucaristia no contexto cristão. A letra reflete uma oração de súplica e gratidão, onde o eu lírico pede por mais fé e humildade para poder participar dignamente deste sacramento. A repetição do verso 'Milagro de amor tan infinito' ressalta a maravilha do amor divino que se manifesta de maneira concreta e humilde na Eucaristia, onde a crença cristã sustenta que o próprio Deus se faz presente de forma real, embora sob a aparência de pão e vinho.

A canção destaca a humildade de Deus, que 'se faz pequeno' para estar próximo dos fiéis, uma ideia que ressoa com a teologia cristã da encarnação. A música também toca na noção de que Deus, em sua infinita glória e majestade, escolhe esquecer-se de si mesmo para estar com o crente, uma referência à kenosis, o esvaziamento de si que Cristo experimentou, conforme descrito na Bíblia, na Carta de Paulo aos Filipenses (2:7). A gratidão expressa pelo eu lírico ao ser chamado para a 'cena' eucarística, apesar de se reconhecer indigno, reflete a compreensão cristã da graça divina que acolhe todos, independentemente de sua dignidade.

A música, portanto, não é apenas uma peça de adoração, mas também uma reflexão sobre a natureza do amor divino, que é ao mesmo tempo infinito e íntimo, glorioso e humilde. Ela convida o ouvinte a reconhecer e agradecer o 'milagre de amor' que é a presença de Deus na Eucaristia, um dos pilares da fé cristã.