Canto da Sereia / Jamais Serão

A Sedução e o Perigo nas Metáforas de 'Canto da Sereia / Jamais Serão' de Filipe Ret

A música 'Canto da Sereia / Jamais Serão', de Filipe Ret, é uma obra rica em simbolismos e metáforas que exploram temas de sedução, perigo e autoconhecimento. Através de uma narrativa que entrelaça elementos mitológicos e contemporâneos, Ret descreve a figura de uma mulher enigmática e perigosa, comparando-a a criaturas míticas como sereias e Medusa. Essas comparações não são apenas para ilustrar a beleza e o encanto da mulher, mas também para alertar sobre o perigo que ela representa, simbolizando as armadilhas e as tentações que podem desviar o homem de seu caminho.

O uso de imagens como 'veneno que se extrai do amor' e 'Medusa te cega, vira pedra' serve para intensificar a ideia de que o amor e a atração podem ser destrutivos se não forem manejados com cuidado. A música também reflete sobre a natureza efêmera da beleza e do desejo, sugerindo que eles podem levar à perdição se a pessoa se deixar consumir por eles. Além disso, a repetição do verso 'Jamais serão' ecoa uma aceitação resignada de que certos desejos e aspirações podem ser inatingíveis, reforçando a mensagem de cautela e autocontrole.

Por fim, Filipe Ret utiliza sua música para fazer uma crítica social, comparando o 'mar de concreto' da cidade com as ilhas de Capri, e os prédios com rochedos. Essa analogia amplia o tema da música para além das relações pessoais, comentando sobre a urbanização e a perda da natureza, e como isso reflete nas relações humanas modernas, onde tudo se torna uma questão de sobrevivência e estratégia, similar ao jogo descrito na letra.