Pedras Que Cantam

A Voz das Pedras na Poesia Social de Fagner

A música "Pedras Que Cantam", interpretada pelo cantor e compositor brasileiro Fagner, é uma obra que reflete sobre as desigualdades sociais e a busca por esperança em meio a um contexto de adversidades. A letra inicia com uma clara oposição entre os ricos, que desfrutam de uma vida na praia, e os trabalhadores, que lutam para ter um lugar para morar. Essa dicotomia estabelece o cenário de injustiça social que permeia a canção.

O refrão traz expressões como "tempo duro", "tempo escuro" e "dragão é voraz", que podem ser interpretadas como metáforas para as dificuldades enfrentadas pela população menos favorecida e os desafios impostos pela sociedade e pelo sistema que favorece os mais ricos. O dragão, em particular, pode simbolizar um obstáculo poderoso e destrutivo, talvez o próprio sistema que perpetua a desigualdade.

A mensagem de resistência e a necessidade de seguir em frente, apesar dos desafios, são enfatizadas na parte da música que incentiva a ir embora "sem demora" e que para trás "não dá mais". A ideia de que a poesia se arrebenta e as pedras vão cantar sugere um momento de ruptura, onde o silêncio dos oprimidos é quebrado e eles encontram uma voz. É uma metáfora poderosa para a expressão da verdade e da luta contra a opressão, onde até as pedras, elementos da natureza inertes, se tornam símbolos de resistência e mudança.