A Revolta Dos Dândis Ii

A Crítica Social em 'A Revolta dos Dândis II' dos Engenheiros do Hawaii

A música 'A Revolta dos Dândis II', da banda brasileira Engenheiros do Hawaii, é uma crítica social e política que reflete sobre a indistinção e a apatia na sociedade contemporânea. A letra, escrita pelo vocalista Humberto Gessinger, utiliza metáforas e comparações para expressar a percepção de que as diferenças entre opostos, como 'os dedos e os anéis' ou 'a crença e os fiéis', tornaram-se imperceptíveis. Isso sugere uma crítica à superficialidade e à perda de identidade individual e coletiva.

A canção também aborda a polarização política ('Esquerda e direita') e a ineficácia das instituições ('Os Três Patetas, os três poderes'), sugerindo que, apesar das aparências, há uma equivalência entre os extremos, como se fossem 'dois lados da mesma moeda'. Essa equivalência é vista como um obstáculo para o progresso e a realização de sonhos, indicando uma sensação de estagnação e desilusão com o futuro.

Por fim, 'A Revolta dos Dândis II' reflete sobre a urgência de agir ('Mas não há mais muito tempo pra sonhar'), incentivando a busca por mudanças significativas. A música evoca a necessidade de reconhecer e valorizar as diferenças, sonhar e viver plenamente, em vez de se conformar com a homogeneização e a passividade. Através de sua poesia, os Engenheiros do Hawaii convidam o ouvinte a uma reflexão sobre a própria existência e o papel de cada um na sociedade.