Subsolo Qualquer

Onde me escondo?
Num subsolo qualquer
Cheiro de óleo desse com a brisa
Nos dutos de ventilação
Era um quartinho empoeirado e frio
Olhos distantes, olhares furtivos
Garagem na W3

Me conte como é ver o Sol
Me diga se daqui ele é o mesmo (mesmo)
Deitado a sombra em sua espera natural
Mas os golpes do ventilador
Não incomodavam suspeitos

Um lábio cinza com o seu batom vermelho
Mais uma vítima da capital de espelhos
A lente clara anunciando o armistício
Sussurros em silêncio
Ócios do ofício

Me conte como é ver o Sol
Me diga se daqui ele é o mesmo (mesmo)
Deitado a sombra em sua espera natural
Mas os golpes do ventilador
Não incomodavam suspeitos

Me conte como é ver o Sol
Me diga se daqui ele é o mesmo (mesmo)
Deitado a sombra em sua espera natural
Mas os golpes do ventilador
Não incomodavam suspeitos

Toda noite uma entrega a comprimidos
Transformando toda solidão em vício
Aguarda o fim, pois nunca teve princípios
Espera que o telefone toque nesse domingo

Me conte como é ver o Sol
Me diga se daqui ele é o mesmo
Deitado a sombra em sua espera natural
Mas os golpes do ventilador
Não incomodavam suspeitos

Me conte como é ver o Sol
Me diga se daqui ele é o mesmo (mesmo)
Deitado a sombra em sua espera natural
Mas os golpes do ventilador
Não incomodavam suspeitos

Toda noite uma entrega a comprimidos
Transformando toda solidão em vício
Aguarda o fim, pois nunca teve princípios
Espera que o telefone toque nesse domingo

Nesse domingo
Nesse domingo
Nesse domingo
Nesse domingo
Nesse domingo