Toada de Um Tropeiro
Desidério Souza
Pingos de muda por diante e um cincerro cantador
Ao longo do corredor, junto das barras do dia
Ao tranco a tropa estendia para pastoreio e aguada
Eu assobiava uma toada enquanto a tropa bebia
Fui um troupeiro de autrora que o progresso despionou
Além, da encilha restou a saudade basteriada
E a lembrança palanquiada manoteia o coração
Quando enxerga um caminhão levando a tropa embarcada
Hoje me perdi na conta quantos consumo carniei
E as vezes que chimarriei enquanto assava o churrasco
Quantas vezes enchi meu frasco pra golpear estrada a fora
Gastei estribo e espora marcando o rio grande a casco
Mas com a tropa dos anos foi me estafando o tordilho
De tanto sovar lombilho das missões até a fronteira
Mas, de lida estradeira mendonça foi o primeiro
Do qual hoje eu sou o herdeiro dessa cultura tropeira
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Desidério Souza e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: