Tempos de Antanho
Desidério Souza
Sou dos tempos de antanho
Que a consciência era mais pura
Onde a honra e o respeito
Se leva pra sepultura
E quem falava a verdade
Tinha grande envergadura
Com meu pingo nos arreios
Bandeava qualquer rio cheio
Sem me importar com a fundura
Sou nascido da semente
Germinada em chão pampeano
No rio grande irreverente
Berço Natal do vaqueano
De um Getúlio presidente
Exemplo de ser humano
Criou leis na pátria macha
Mandou de bota e bombacha
Neste Brasil soberano
Sou alguém que toca e canta
No velho estilo campeiro
Tenho gosto ao dizer
Que sou do sul brasileiro
A cultura do meu povo
Ninguém compra com dinheiro
Digo com toda certeza
Sou a tradição acesa
Contra o costume estrangeiro
Sou aquele que traz no miolo
Do cabedal da razão
Lembranças de eras passadas
Com guerra e revolução
Lutas cruéis de fronteira
Fazendo a demarcação
Deste pensar se expande
O amor sem fim ao Rio Grande
Que inunda meu coração
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Desidério Souza e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: