Devaneios de um poeta
Decretus
DEVANEIOS DE UM POETA
Atrás dos olhos e a frete da face
Há sempre mentiras, um disfarce
Atrás da mentira vemos a verdade
Que as vezes são ditas por maldade
Nos entregamos aos surtos
É um gosto amargo como o fel
Malditas convulsões e devaneios
Me transforma de vítima em réu!
Somos pobres e desprezíveis
Nossos corpos são podres e horríveis
Entregam-nos a carnificina de abutres,
Políticos e ricos inúteis
Devolve meu sangue
Que o servi em taças de cristal
Meu sangue é puro e inocente
Você o envenena com o seu mal
Atrás do passado um futuro
Um castigo perverso e duro
Ditadura, anarquia, maldições,
Seitas e disputas de religiões.
Somos pobres e desprezíveis
Nossos corpos são podres e horríveis
Entregam-nos a carnificina de abutres,
Políticos e ricos inúteis
Cegos enxergam melhor
Nós ó conseguimos ver a dor
Atrás de um crime nunca há a razão
Pois quem comete não conhece o perdão.
Inventam leis, lendas e guerras,
Tudo por poder e nossas terras
São uns miseráveis gananciosos
Bebem do sangue que já é nosso.
Somos pobres e desprezíveis
Nossos corpos são podres e horríveis
Entregam-nos a carnificina de abutres,
Políticos e ricos inúteis
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