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Salmo Cearense

Coral do Estado

Longo é o estio.
Longos os caminhos para os pés dos homens.
Longo o silêncio sobre os campos. longo
O olhar que ama o que perdeu.
Já não vêm as auroras no bico das aves
Nem se ouve a canção de amor
Dos tangerinos.
A morte nos abóia. exaustos, resistimos.
E se acaso caímos no chão os nossos filhos
Começam a replantar a rosa da esperança.
Ai ceará
Teu nome está em nós como um sinal
De sangue, sonho e sol.
Chão de lírios e espadas flamejantes,
Território que deus arranca dos demônios,
Mulher dos andarilhos, dália da canícula,
Em nós tu mil rorejas. pousas. és canção.
Para cantar-te, bem-amada telúrica,
Seria feliz se em vez de vãs palavras
Tivesse em minha boca chuvas e sementes.
Ai, viúva do inverno, flor violentada,
Teu sol não brilha: queima. mas um luar
Renasce para sempre no olhar
Dos homens.

Jamais tu morrerás. não seríamos fortes
Se por ti não estivéssemos em vigílias cruéis, ó mãe!
Mas se as chuvas te querem
Como louco partimos
Para o amanho da terra.
Os campos então ficam maduros
Qual ventre de mulher,
E as bocas, tranqüilas e felizes,
Gritam
Palavras de amor
Que erguem
Primaveras

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Composição: Arthur Eduardo Benevides / D'alva Stella Nogueira Freire. Essa informação está errada? Nos avise.

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