Uma Só Será a Mesa (Oferendas 2002)

A Celebração da Unidade e da Criação na Música 'Uma Só Será a Mesa'

A música 'Uma Só Será a Mesa (Oferendas 2002)', interpretada pela CNBB, é um hino de caráter religioso que celebra a união e a comunhão entre os povos e a natureza, sob a bênção de Deus. A letra inicia com uma imagem de dança e união, simbolizando a celebração da vida que brota da comunhão e do amor compartilhado. A dança, que começa quando 'os pés o chão tocarem', pode ser interpretada como um ato de conexão com a Terra, um reconhecimento da sacralidade do mundo natural.

No segundo verso, a música faz referência ao amor perfeito que o índio traz no peito, um louvor ao Criador. Aqui, há uma clara valorização da cultura indígena e de sua relação harmoniosa com o meio ambiente, que é visto como uma oferenda a Deus. A ideia de que 'Uma só será a mesa' e 'Terra-mãe será o altar' reforça a noção de que toda a criação é sagrada e que a alimentação e a sustentabilidade são dons divinos.

A música também aborda a luta por justiça social, como expresso nos versos que falam das dores do 'Cristo-Povo-Irmão' e da busca por direitos fundamentais como vida, pão, respeito e lar. A visão de uma 'Nova Terra' onde todos têm lugar reflete o anseio por um mundo mais justo e igualitário. A canção termina com uma oração para que os males e as fronteiras sejam substituídos pelo 'Pleno Amor', indicando um desejo de superação das divisões e conflitos em favor de uma comunidade global unida pelo amor cristão.