Ao Fim De Tudo

Reflexões Sobre a Existência em 'Ao Fim De Tudo' de Cidadão Quem

A música 'Ao Fim De Tudo', da banda brasileira Cidadão Quem, mergulha em uma profunda reflexão sobre a existência e o sentido da vida, expressando sentimentos de isolamento e desesperança. A letra inicia com uma imagem forte de transformação e desgaste pessoal, onde o eu-lírico afirma que suas 'lágrimas não caem mais' e que se transformou em 'pó', sugerindo uma perda de essência ou desintegração emocional.

O refrão da música reitera a sensação de aprisionamento e solidão, com o 'nó que me amarra a garganta', simbolizando as restrições e as dificuldades de expressar seus verdadeiros sentimentos. A repetição dessas linhas ao longo da música reforça a ideia de um ciclo contínuo de angústia e a luta para encontrar liberdade emocional e pessoal.

A parte central da música aborda a busca por um sentido na vida, que ao ser encontrado, paradoxalmente aumenta a percepção da perda 'ao fim de tudo'. Isso sugere uma reflexão sobre a efemeridade da vida e a inevitabilidade do fim, levando a uma resignação melancólica, mas também a uma possível aceitação da realidade como ela é, sem ilusões. A menção à 'canção que parece encontrar a razão' pode ser vista como uma metáfora para momentos de clareza ou entendimento que, no entanto, são efêmeros e se calam 'frente ao tempo que não para'.