Todo o Amor Que Houver Nessa Vida

A Busca por um Amor Vibrante na Poesia de Cazuza

A música 'Todo o Amor Que Houver Nessa Vida', interpretada pelo icônico Cazuza, é uma expressão poética que explora os desejos e anseios por um amor intenso e verdadeiro. A letra da canção reflete uma busca por uma relação amorosa que seja ao mesmo tempo pacífica e arrebatadora, comparando o amor a uma fruta mordida, algo que é ao mesmo tempo doce e que traz a marca de quem a experimentou. A imagem da rede balançando e a sede saciada pela saliva remetem a momentos de intimidade e cumplicidade, onde o amor se manifesta em suas formas mais simples e puras.

Cazuza, conhecido por sua poesia visceral e sua performance carismática, utiliza metáforas para descrever o relacionamento idealizado. Ele quer ser o sustento do ser amado, tanto físico ('ser teu pão, ser tua comida') quanto emocional ('todo o amor que houver nesta vida'), indicando um desejo de ser essencial na vida do outro. A menção ao 'trocado para dar garantia' e ao 'veneno anti-monotonia' sugere a necessidade de segurança e ao mesmo tempo de aventura, de algo que mantenha a relação viva e longe da rotina.

A canção também aborda a arte como um refúgio e uma forma de transformar a realidade ('Pelo inferno e céu de todo dia / Pra poesia que a gente não vive / Transformar o tédio em melodia'). Cazuza, que viveu intensamente e enfrentou desafios pessoais, incluindo sua luta contra a AIDS, sabia da importância de encontrar beleza e significado mesmo nas adversidades. A música, portanto, é um hino à vida e ao amor, com todas as suas complexidades, e um lembrete de que a alegria pode ser encontrada mesmo nos remédios que tomamos para enfrentar as dores do cotidiano.