Mãos Dadas

A Conexão Humana em 'Mãos Dadas' de Carlos Drummond de Andrade

A poesia 'Mãos Dadas', escrita pelo renomado poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, reflete sobre a importância de viver o presente e a conexão entre as pessoas. No poema, Drummond rejeita a ideia de ser um poeta voltado para o passado ('um mundo caduco') ou para um futuro idealizado, focando-se, ao invés disso, na realidade imediata e nas relações humanas.

O poeta expressa uma solidariedade com seus 'companheiros', reconhecendo que, apesar de uma certa melancolia ('taciturnos'), há uma esperança compartilhada que os une. A ênfase no 'presente' e na experiência coletiva sugere uma crítica à alienação e ao individualismo, propondo uma jornada conjunta ('vamos de mãos dadas') como forma de enfrentar a realidade.

Drummond também se distancia de temas tradicionalmente líricos, como o amor romântico ou a fuga da realidade ('não direi os suspiros ao anoitecer'), e rejeita a ideia de arte como escapismo ('não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida'). Em vez disso, ele se compromete com a matéria do 'tempo presente', ou seja, com a vida como ela é, e com os 'homens presentes', destacando a importância da comunidade e da experiência compartilhada no aqui e agora.