O Tempo Passa? Não Passa

A Eternidade do Amor em Versos

A poesia "O Tempo Passa? Não Passa" de Carlos Drummond de Andrade é uma reflexão lírica sobre a natureza imutável do amor em contraste com a passagem do tempo. No primeiro verso, o poeta questiona a passagem do tempo, sugerindo que, dentro do coração, onde reside o amor, o tempo parece não ter efeito. A graça do amor permanece, florescendo em canção, uma metáfora para a expressão artística e emocional que o amor inspira.

No segundo verso, Drummond explora a ideia de que o tempo, ao invés de separar, na verdade nos aproxima, condensando a experiência de duas pessoas em uma unidade poética de verso e rima. Isso sugere uma harmonia e uma conexão profunda entre os amantes, que se tornam mais íntimos à medida que o tempo passa. A luz mencionada pode simbolizar a clareza e a verdade encontradas no amor genuíno.

A terceira estrofe rejeita a noção de tempo como algo que pode ser gasto ou economizado, apresentando-o como algo intrinsecamente ligado ao amor. O tempo é descrito como vestido de amor, indicando que o amor é o que dá valor e significado ao tempo. A transcendência do amor sobre o tempo é reforçada na quarta estrofe, onde o poeta afirma que o amor é o sumo da vida, e que o verdadeiro amor é atemporal e eterno. A celebração do aniversário como um renascimento constante reforça a ideia de que o amor renova e transcende as medidas convencionais de tempo.