Lágrimas de Vidro
Antony de Rezende
Oh Deus, fale as verdades que eu preciso ouvir
Me arranque das mentiras que eu construí
Eu sei que a casa sobre a areia não fica de pé
O vento bate e ela parte junto com a maré
Carrego lágrimas pesadas de um fardo leve
Oh senhor, hoje por favor escute as preces
Do que adianta eu saber que tu me fortalece
Se perante a injustiça minha frieza cresce
Eu preciso chorar, entre o pó te aguardar
Ao saber desse compromisso
Que antes de um derramar vem um grande derramar
De um coração contrito
Lágrimas escorrem no rosto e cortam as máscaras
Como se fossem vidro
E rasgam meu coração e revelam a intenção
Que servia só para serviço
Que possa entender que nessa missão
Também sou curador ferido
Que vou sendo curado enquanto persisto
Seguindo as pegadas de Cristo
Eu preciso chorar, entre o pó te aguardar
Ao saber desse compromisso
Que antes de um derramar vem um grande derramar
De um coração contrito
Me dê lágrimas de vidro
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