Tuve Que Correr

A Corrida da Vida em 'Tuve Que Correr' de Antonio Vega

A música 'Tuve Que Correr', de Antonio Vega, é uma reflexão profunda sobre as escolhas e mudanças inevitáveis na jornada da vida. A letra começa com o impulso de correr quando a vida exige ação, simbolizando momentos em que somos forçados a tomar decisões rápidas e significativas. A metáfora de 'correr que foi volar' e 'beber de um solo trago todo el mar' ilustra a intensidade e a profundidade das experiências que o narrador enfrenta, sugerindo uma busca desesperada por satisfação ou compreensão que permanece inalcançável, como indicado pela frase 'Y no sació mi sed el agua'.

O caminho que o narrador toma sem saber que 'me alejaba para no volver' revela um tema de perda e distanciamento, talvez de um antigo eu ou de um lar, que é uma decisão irreversível e transformadora. A relação descrita nas linhas 'Dulce como miel, probar el roce de su piel' sugere um amor que, embora inicialmente doce, torna-se uma fonte de dor e isolamento, conforme expresso em 'llenó mi mundo de papel'. Essa experiência amorosa parece ter sido tanto enriquecedora quanto destrutiva, levando a uma perda de calor e razão, simbolizando um declínio emocional e mental.

Finalmente, a música fecha com a aceitação de que, assim como chegou, o narrador deve partir, refletindo sobre a efemeridade e a natureza cíclica da vida. A repetição de 'Tuve que correr' ressalta a ideia de que, às vezes, a vida nos empurra para frente, quer estejamos prontos ou não, e que devemos enfrentar essas mudanças com coragem e resiliência.