Mágoas de Carreiro
Rolando Boldrin
Meu carro não canta mais, ai... Meu carro emudeceu
A boiada companheira, ai... Toda meu patrão vendeu
Num posso mais carrear, pro morde dos caminhão
Saudade daquele tempo, das estrada do sertão
Me lembro da sua cantiga, no morro mais perigoso
Chuchando meus boi valente, pintado, rosio, barroso
O seu canto tão sereno, se tinha sol ou chovia
Saudade companheira, das tristeza e da alegria
O progresso me arruinou, ai... Minha vida de carreiro
Meu carro ta se estragando, ai... Sem abrigo no terreiro
O que mais meu coração padece, no romper da madrugada
Me alembro dos campo amigo, do estradão e da boiada
Me alembro da sua cantiga, no morro mais perigoso
Chuchando meus boi valente, pintado, rosio, barroso
O seu canto tão sereno, se tinha sol ou chovia
Saudade companheira, das tristeza e da alegria
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