Dia dos Finados
Realidade Criminal
Não sinto as pernas, acordei sedado
Em um leito incomum, com choro embargado
De um lado um mano com a cara estourada
Do outro uma mina gravida
Em estágio letárgico e sem lembrança
Momentos de instabilidade, sem confiança
Tento me alinha na cama, não consigo
Meu Deus o que houve o que aconteceu comigo
Não sei nem como vim para aqui
Me questiono doutor, o que acontece
Quem são essas pessoas do meu lado
Não me lembro do rosto porque estão me olhando
Não me lembro de nada, nem onde estava
Sem recordações, sinto um vazio em escala
Com picos de humor, ainda sinto dor
Tento me relembra do ocorrido
Não tive resposta se foi acidente ou tiro
Se foi briga ou agredido, por algum inimigo
Nessa altura nada me importa, já não ando
Será meu destino, alguém tá orando
Ainda sem entender os motivos de está na cama
Primeiro laudo atestado depois do coma
Uma perda brusca de memória
Depois do tiro nas costa tive minha reposta
Não existir compaixão no descanso dos finados
Só silêncio eterno, a lembrança de um passado
Entre lágrimas e flores, lembranças no ar
No dia de finados, mais uma vítima a velar
Não existir compaixão no descanso dos finados
Só silêncio eterno, a lembrança de um passado
Entre lágrimas e flores, lembranças no ar
No dia de finados, mais uma vítima a velar
No dia de finados, só restará lembranças
Memórias que voam, como folhas suspensas
Nas lápides, histórias em silêncio contadas
Saudades sentidas, em almas guardadas
No campo santo, a tristeza se entrelaça
Lágrimas que caem, em cada lembrança que passa
Entre flores e velas, a saudade se revela
No dia de finados, a memória e sequelas
No dia da reflexão, em silêncio rezamos
Pelos partiram, amor eterno deixamos
No 2 de novembro, a lembrança é uma prece
Que ecoa no coração, a cada memória que aquece
Na quietude do cemitério, o vento sussurra
Histórias de vida, onde a saudade murmura
No dia de finados, um adeus relembrado
Na esperança de que, em paz, estejam guardados
Sou o guarda recordações pra quem que amei
Sofrendo com a saudade, falando com o além
Restou pouco sentimento afetivo no meu peito
Este e o conceito, do homem sofrendo
Recorde-se apenas do tempo sazonal
Pra não ser mais um indutivo sem moral
Sem contos ou histórias que me vítima
Feliz 2 de novembro pra que vive na mentira
Não existir compaixão no descanso dos finados
Só silêncio eterno, a lembrança de um passado
Entre lágrimas e flores, lembranças no ar
No dia de finados, mais uma vítima a velar
Não existir compaixão no descanso dos finados
Só silêncio eterno, a lembrança de um passado
Entre lágrimas e flores, lembranças no ar
No dia de finados, mais uma vítima a velar
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