Para La Libertad

Para La Libertad

Para La Libertad

Pela liberdade, eu sangro, eu luto, eu sobrevivi
Para la libertad, sangro, lucho, pervivo
Para a liberdade, meus olhos e minhas mãos
Para la libertad, mis ojos y mis manos
Como uma árvore carnal, generosa e cativa
Como un árbol carnal, generoso y cautivo
Dou aos cirurgiões
Doy a los cirujanos
Para a liberdade eu sinto mais corações
Para la libertad siento más corazones
Que areias no meu peito
Que arenas en mi pecho
Eles dão espuma minhas veias
Dan espumas mis venas
E eu vou para hospitais
Y entro en los hospitales
E eu vou para o algodão
Y entro en los algodones
Como nos lírios
Como en las azucenas

Porque onde as bacias vazias amanhecem
Porque donde unas cuencas vacías amanezcan
Ela vai colocar duas pedras de futuro
Ella pondrá dos piedras de futura mirada
E vai fazer novos e novos braços
Y hará que nuevos brazos y nuevas
Pernas crescem na carne cortada
Piernas crezcan en la carne talada

Eles vão reprisar seiva alada sem outono
Retoñarán aladas de savia sin otoño
Relíquias do meu corpo que perco em cada ferida
Reliquias de mi cuerpo que pierdo en cada herida
Porque eu sou como a árvore derrubada
Porque soy como el árbol talado
Que espora e eu ainda tenho vida
Que retoño y aún tengo la vida